segunda-feira, 15 de março de 2010


Canção Póstuma

Fiz uma canção para dar-te;
porém tu já estavas morrendo.
A Morte é um poderoso vento.
E é um suspiro tão tímido, a Arte...


E agora fecho grandes portas
sobre a canção que chegou tarde.
E sofro sem saber de que Arte
se ocupam as pessoas mortas.


Por isso é tão desesperada
a pequena, humana cantiga.
Talvez dure mais do que a vida.
Mas à Morte não diz mais nada.


Cecília Meireles

Ainda correm lágrimas…


Morreu a Joana…


Neste momento de dor, em que sobram as palavras e é necessário espaço e tempo para sofrer, o Silêncio é a forma mais eloquente de expressão. Porque sabemos que nunca, nunca! é o momento certo para se morrer…


O Grupo de Forcados Amadores de Alter do Chão partilha com a família da Joana todo este pesar que percorre as suas almas, enviando as mais sinceras condolências a todos.


Aquilo que não seria necessário dizer: os amigos estão cá, para quem precisar, para o que for preciso…


Todos os dias estás viva,
na saudade pensativa,
ó simples alma grave e pura,
livre de qualquer sepultura!


Cecília Meireles


Ainda correm lágrimas, porém …
…Uma doce quietude repousa agora no lugar da inquietação.

Até sempre, Joana.